terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pais expõem imagens de crianças nas redes sociais da Internet



É muito frequente em conversas eu ouvir pessoas dizendo que não querem ver a sua imagem exposta nas redes sociais da Internet (ciberespaço). Trata-se de pessoas adultas, com capacidade reflexiva e por isso têm o poder de optar pela exposição ou não da sua imagem. Contudo, há crianças (bebés) recém nascida(o)s que não têm essa possibilidade de escolha. Elas não podem negar nada. Os pais decidem e colocam as suas fotos nas redes sociais, com o nome, a idade, o peso, etc.
Na minha opinião, seria importante atribuir uma certa privacidade aos bebés também, até eles atingirem uma idade que lhes possa permitir tomar decisões sobre a sua pessoa. Não são os bebés expostos que se contentam com os “Like’s” e os comentários (nem todos bonitos e nem todos verdadeiros) que recebem, são os pais e os outros. São os amigos que partilham as fotos dos bebés com outros amigos que o bebé nem conhece. Trata-se, às vezes de bebés com fralda desasseada ou mesmo nus (mas não é isso que me interessa aqui). Se quiserem mostrar os vossos bebés aos amigos, façam-no por e-mail.
Uma foto dum bebé exposta em qualquer espaço público (refiro-me ao facebook por exemplo) poderia ser comparada à foto dum indivíduo que diz não querer expor a sua imagem neste mesmo espaço, mas os seus amigos fazem-no. A diferença que se nota é que os bebés não podem reclamar, pois penso que não sabem o que está a acontecer e nem têm como reclamar.
Qual seria a vossa reacção se a vossa imagem aparecesse nas redes sociais do ciberespaço sem a vossa autorização?
Amigos, não tenho nada contra os vossos bebés… Podem continuar expondo-os, eu estava apenas a brincar com o teclado do computador e apareceram estas palavras, que decidi partilhar convosco somente para provocar-vos... Abraços.

MMS

sábado, 3 de agosto de 2013

Morte de algumas covas perigosas em Maputo



Maputo, capital de Moçambique apresenta uma série de covas perigosas, de vários tamanhos e idades, que se encontram sobre os passeios de várias avenidas e ruas desta cidade. Trata-se de aberturas concebidas para facilitar a manutenção dos esgotos e do sistema de abastecimento de água. Essas aberturas são normalmente munidas de tampas que protegem o esgoto do entupimento pelo lixo, e protegem também o cidadão que nelas pode cair e criar-lhe problemas de saúde física.

Algumas covas já se encontram tapadas, mas existe ainda um grande número delas que aterroriza os cidadãos que circulam a pé na via pública.
Felicitamos os criadores de projectos e os executores das obras de eliminação dessas covas, fazendo votos de que, brevemente, a cidade de Maputo se apresente com um novo visual sem furos que atentem a saúde dos cidadãos que nesta cidade circulam.



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nos transportes públicos TPM paga-se 20Mt e viaja-se a 7Mt



A empresa de Transportes Públicos de Maputo, actualmente designada Empresa Municipal de Transportes Públicos, introduziu há alguns meses as carreiras Expresso para os diversos destinos da cidade e província de Maputo. Supõe-se que o objectivo dessas novas carreiras seja de melhorar a eficácia e a eficiência do sistema de transportes em Maputo. Mas, o que acontece é que nada se apresenta como novo senão a diferença de tarifas entre as carreiras Expresso e as normais.
Quando esses autocarros começaram a operar, havia paragens determinadas para levar e/ou deixar passageiros. Mas, é muito frequente nesses dias que estes machimbombos parem em qualquer paragem para os mesmos efeitos acima referidos. Falamos concretamente dos autocarros que fazem o trajecto Maputo-Boane e Mozal-Maputo. Não queremos falar dos outros motoristas, que mesmo em semáforos e outros locais que não sejam paragens, descarregam passageiros colocando a vida destes em risco embora seja a seu próprio pedido.
Ao questionarmos sobre essa desobediência, os motoristas e cobradores afirmam que pretendem ajudar as pessoas que residem em bairros cujas paragens não estão marcadas para que o Expresso leve ou deixe passageiros; todo o mundo precisa de viajar e não deve haver egoísmo.
Concordando com a ideia de querer ajudar todos os passageiros, a solução seria, para nós, eliminar as carreiras Expresso. Assim não haveria discriminação e nem desigualdades no acesso aos machimbombos; todo o mundo beneficiaria dos autocarros provavelmente da mesma maneira.
Para além destes aspectos que se constatam nesses autocarros, há que considerar os engarrafamentos que se apresentam no período matinal e na hora de ponta. Assim, questionamos se há necessidade de colocar carreiras Expresso nesses momentos do dia apesar dos engarrafamentos? Em que medida é que esses autocarros são eficientes nas horas em que se sabe que há engarrafamentos?
Solicitamos que esses autocarros não circulem como Expresso sempre que a circulação rodoviária estiver perturbada pelos engarrafamentos. Pedimos ainda que os motoristas e cobradores respeitem as ordens dos seus superiores, o código de estrada e que não deixem os seus valores morais ajudar uns, prejudicando os outros. Não se deve prejudicar os passageiros que apanham o Expresso com a expectactiva de chegar rápido ao seu destino, pois considera-se que é um autocarro que não tem muitas paragens.
A carreira Expresso é especial ou não? Que faça valer os propósitos para os quais foi concebida!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Residentes da Matola-rio na luta contra o lixo nas ruas




Esta manhã os residentes da Matola-rio decidiram lutar contra o lixo que se encontrava acumulado nos diferentes pontos do bairro. Tratava-se do lixo depositado pelos próprios residentes, mas também pelos residentes de outros bairros. Estes últimos transportam regularmente, na calada da noite, o lixo produzido nos seus bairros e vêm depositá-lo em vários locais da Matola-rio.
A solução encontrada pelos residentes foi a de se reunir para juntos fazer desaparecer o lixo e sensibilizar todos os residentes a abrir covas em seus quintais para depositarem os seus resíduos.
Matola rio faz parte do distrito de Boane, recentemente elevado à categoria Município. Esperamos com esta municipalização que Boane possa beneficiar de mecanismos eficazes e eficientes para a remoção e, se possível, a reciclagem do lixo. Esperamos ainda que não só o distrito seja municipalizado, mas também que se criem mecanismos para que os seus habitantes sejam cidadãos dignos de residir num município. Precisa-se de cidadãos que não deitem lixo nas ruas do seu bairro, que não saiam com o lixo para deitar em outros bairros e também que reprimam os indivíduos que transportam o lixo dos seus bairros para deitar os outros.
Os residentes do bairro da Matola-rio mostram que já são e estão a torna-se cada vez mais “BONS CIDADÃOS”.
Parabéns aos residentes da Matola-rio que consagraram uma parte da sua matina à limpeza do seu bairro. Que os outros bairros aprendam algo desta acção para limpar e manter os seus bairros limpos!
Juntos na luta contra o lixo e as doenças! Abram o Olho.

sábado, 6 de julho de 2013

A morte de bibliotecas ocorre somente em Maputo?



O comércio ambulante de livros na cidade de Maputo é uma realidade visível em quase todas as suas esquinas, nas proximidades duma escola ou não. É possível encontrar uma diversidade de livros, desde os livros de diversão aos de produção científica.
Mas, questionemo-nos sobre a proveniência destes materiais que constituem instrumentos preciosos para o desenvolvimento académico, político, cultural e mesmo espiritual (bíblia). Estariam as bibliotecas a eliminar alguns livros tidos como antigos e por isso não lidos? Não estariam as bibliotecas das nossas escolas sendo saqueadas por indivíduos preocupados apenas com o desenvolvimento económico individual?
Geralmente, os livros que se encontram nas bancas das ruas aparecem identificados com o carimbo e referência das prateleiras das respectivas bibliotecas donde eles são retirados. Mas, nessas livrarias ambulantes da cidade de Maputo, os livros passam por uma série de cirurgias para fazer desaparecer a identidade de proveniência do livro. Os carimbos são raspados, recortados ou ainda a página contendo o carimbo é arrancada.
Se considerarmos que os livros estão nas bancas dos vendedores ambulantes porque as bibliotecas retiraram-nos das suas prateleiras por falta de leitores ou por redução da sua importância, por que razões esses materiais passam por cirurgias. Note-se que alguns dos livros que se encontram nas livrarias ambulantes são novos e nem sempre apresentam carimbo de alguma biblioteca. Qual é a proveniência desses últimos? Os vendedores ambulantes também já importam livros? Não pretendemos insinuar que haja roubos nas livrarias, mas procurar perceber a proveniência desses livros, assim como procuramos saber da proveniência dos outros produtos de que somos consumidores.
Se alguém estiver a contribuir para o empobrecimento contínuo das nossas bibliotecas para resolver problemas individuais que necessitem de valores monetários, quem será esse indivíduo? Será algum funcionário da biblioteca? Será algum estudante ou outro tipo de leitor? Ou são todos eles? Não haverá outros mecanismos de resolver os seus problemas financeiros?
Um livro que se encontra numa biblioteca, beneficia numerosos leitores. Mas, um livro tirado da biblioteca e vendido na rua, beneficia apenas o comprador, que provavelmente após a leitura, arquiva-o na sua prateleira (se tiver) como propriedade privada e legítima. Mas, é também dessas prateleiras das bibliotecas de casa que provavelmente alguns dos livros vendidos na rua saem. Por isso, as bibliotecas que morrem não são somente as públicas, mas também as individuais (da casa ou do escritório), não?






Jardim botânico transformado em Jardim "hídrico" e zoológico



Este jardim, um ‘’Lugar muito especial e agradável. O Jardim Botânico de Maputo, outrora conhecido como Jardim Vasco da Gama e agora denominado Tunduru, é um espaço localizado bem no centro da cidade onde se podem observar inúmeras espécies de árvores e plantas Africanas.’’ (http://mblog.canalblog.com/archives/2006/08/26/5336019.html). 
Neste discurso, o que ainda constitui a realidade deste jardim é apenas o nome e a sua localização. Já não é um lugar especial e nem agradável; Já não é necessariamente um jardim botânico; As árvores e plantas que lá se encontram, já não são autenticamente africanas e já não são numerosas. São árvores e plantas sem identidade, pois perderam as placas que as identificavam. Só as próprias árvores e plantas, provavelmente, sabem o que elas são.

O jardim Tunduru era o local preferido dos namorados e de passeio para os recém-casados que amavam tirar fotografias para as suas belas recordações. Vários outros públicos dirigiam-se a este local, como é o caso de crianças e jovens estudantes em passeio. Era um local de passeio, de estudos e de visitas escolares.

Mas, ultimamente este lugar é um autêntico sinistro. Cheio de água escorrendo por todo o lado,  sob a forma de rios que vão desaguar no Índico ou no Pacífico. Na realidade, esses fluxos de água vão desaguar na Avenida Samora Machel e se estendem sob a forma dum oceano. No dia em que vi aquelas águas descendo pelas ex- vias reservadas aos visitantes do jardim, perguntei-me se as inundações não teriam atingido a cidade de Maputo sem que tivesse chovido. Este jardim transformou-se em residência de malfeitores que atacam as pessoas mesmo durante o dia. Os peixes habitam as ruas que estavam reservadas para a circulação das pessoas. Assim, pessoas e peixes já partilham o mesmo espaço físico. Só que, como as pessoas não se podem tornar aquáticas, evitam os riachos pulando-os. Mas, por vezes, quando não pulam devidamente, molham-se os sapatos e mesmo as calças. 
Para circular em alguns lugares dentro deste ex-belo jardim, temos que estar munidos de botas de borracha, calções e, se possível, uma arma de fogo para se defender dos malfeitores e dos cães raivosos que nele vivem. 
Algumas das áreas deste jardim são usadas como casas de banho para o tratamento da higiene pessoal. Há ainda os que o transformam em local para tomar o seu almoço e deixar o lixo espalhado sobre a relva sob pretexto que não existem lixeiras.

Mesmo assim, ainda há informações não actualizadas em sites Internet, dizendo “Das típicas Acácias aos bonitos Jacarandás, é possível encontrar de tudo um pouco.” Neste ex-jardim? Pergunto-me eu. Esse discurso já não cola com a realidade que se vive no ex-Jardim Vasco da Gama.

O próximo Presidente do Município de Maputo deveria dar uma olhadela nas antigas fotos deste jardim e procurar restabelecer a sua beleza em pelo menos 99%. Não devemos deixar o nosso património sucumbir desta maneira. Se for necessário que haja eleições, já votei pela reabilitação deste jardim e não pela sua transformação em outra coisa que não seja o que ele sempre foi. 
Abram o olho para esta realidade e façam algo para a sua mudança. Ignorar realidades destas, não deve fazer parte da nossa cultura social e nem da cultura política.








sábado, 8 de junho de 2013

Bem-vindo à cidade de Maputo, cuidem-se das covas nos passeios!



Nesta cidade devemos andar rastejando. Se andarmos a galopes como o fazemos habitualmente, ficaremos sem as nossas pernas. Tive a vontade de escrever sobre este assunto quando vi uma criança turista quase a cair numa das covas que se encontra em frente da catedral de Maputo. A criança estava a tentar encontrar uma posição adequada para tirar uma fotografia da catedral quando o seu acompanhante gritou para que ela tomasse cuidado.
 
Há covas semelhantes àquela, visíveis em quase todas as ruas da nossa bela cidade. Mas, não sei se são suficientemente visíveis à noite para serem evitadas. Não me estou a referir às covas provocadas pelas chuvas ou pelo desgaste das estradas provocado pelos automóveis. Refiro-me às covas racionalmente construídas com um determinado objectivo, mas que parecem ter ganho outros significados e já têm outras funções.
Na minha cidade, essas covas são usadas como latrinas, banheiras, poços de água para a lavagem de carros, latas de lixo e armas brancas. Como armas brancas, diria eu em jeito de brincadeira, devem estar a ser usadas pelo Estado moçambicano para quebrar as pernas dos manifestantes. Mas, não só os manifestantes circulam por esses passeios, há turistas que de nenhum modo podem ser vistos como manifestantes. Gosto muito de brincar. Isso faz-me muito bem! E, como latrinas, banheiras, poços de água para a lavagem de carros, latas de lixo são, não raramente, as utilidades que os cidadãos atribuem a essas covas. Mas, apesar dessas funcionalidades, entendamos que essas covas são uma verdadeira ameaça à saúde física e mental de todos os que circulam pela cidade.
O medo de cair numa dessas covas, faz com que os cidadãos ocupem a sua mente com mais um elemento ao qual se devem adaptar para circular quase tranquilamente em Maputo. Alguns cidadãos já se adaptaram ao lixo e convivem com ele de forma quase que natural e reproduzem-no. Mas, não é o lixo que aqui nos interessa. São as covas que não devem ser tapadas com terra batida, mas com a aplicação dos conhecimentos científicos e aparentemente racionais que foram usados para a sua construção.
Entendendo que do mesmo modo que se afirma haver falta de meios para a resolução dos vários problemas de saneamento na cidade de Maputo, a questão relacionada com as covas possa ser vítima das mesmas razões. Assim, nós, os cidadãos de Maputo, teríamos que tomar medidas que nos protejam da vergonha e que possamos circular tranquilamente nesta cidade, sem temer danos físicos nos nossos organismos. Tentemos nos alertar todos para tomarmos cuidado. Poderíamos, por exemplo, colocar sinais de perigo em toda a cidade. Na entrada da cidade: Bem-vindo à cidade de Maputo, cuidem-se das covas nos passeios! Perdoem-nos, ainda não temos meios para tapá-las.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Paulina Chiziane é "mais" que os antropólogos




Revista Lua número 8 III de 20 de Janeiro de 2012


Fiquei muito curioso quando vi aquela foto da nossa escritora moçambicana Paulina Chiziane na revista moçambicana Lua. Tratava-se afinal de contas duma entrevista em que ela apresentava o seu novo livro que seria e foi lançado em 2012. Fiquei muito satisfeito, pois gosto da cultura moçambicana, dos seus fazedores e do seu constante desenvolvimento e expansão a nível nacional e internacional.
Durante a leitura da entrevista, deparei-me com uma passagem na qual Paulina diz: ‘‘Os antropólogos fiam no que foi dito por outros. Eu busco algumas verdades nas raízes da minha terra.’’ Tive que me lembrar de alguns conhecimentos sobre a antropologia e os seus métodos de investigação e constatei que um deles é o da observação participante. Este método de investigação consiste na fixação do investigador num lugar durante um tempo suficiente para a observação e recolha dos dados necessários para o estudo que pretende realizar. Realmente, não é possível observar tudo ao mesmo tempo. O que ele não conseguir observar durante aquele período, poderá ele fazê-lo nas próximas investigações se necessário ou um outro cientista poderá fazê-lo. Os dados colhidos são posteriormente sistematizados e analisados cientificamente.
Revista Lua número 8 III de 20 de Janeiro de 2012
Relativamente ao trabalho de Paulina Chiziane, coloco-me as seguintes questões: Que mecanismos ou métodos usa para ‘‘buscar algumas verdades’’ nas raízes da sua terra? Não conversa com ninguém sobre o assunto de que deseja escrever? Não observa a forma de como as pessoas agem e reagem naqueles contextos?
Durante a sua entrevista, apresentada na revista Lua, Chiziane afirma ter conversado com um curandeiro da província de Niassa e que este último tinha curado o seu irmão. Este facto mostra que a escritora ouviu alguma coisa de alguém (ouviu o que os outros dizem ou o que o outro disse). A escritora fiou também no que este curandeiro disse sobre a história de Moçambique (mais informal); Fiou no que o curandeiro disse sobre a função e relação entre ‘‘todas as plantas’’ e os seres humanos. Este facto leva-me a não compreender a diferença entre o que esta escritora faz e fez como método de recolha de informação e o exercício que é feito pelos antropólogos para recolha de dados. A diferença que se nota é que os antropólogos categorizam a informação colhida e analisam-na com vista a produção do conhecimento científico antropológico e Chiziane produz um conhecimento literário (cultural).
Revista Lua número 8 III de 20 de Janeiro de 2012
Pelo que vejo, a nossa grande escritora moçambicana usa provavelmente de forma inconscientemente alguns métodos de recolha de dados que são específicos da ciência antropológica. Mas, procura distanciar-se deles, apesar das semelhanças entre o seu trabalho e uma parte do trabalho dos antropólogos investigadores.
Mais questões podem ser levantadas em relação à afirmação de que ‘‘Os curandeiros são os maiores depositários da cultura em Moçambique’’. A que curandeiros se refere, se nos encontramos num contexto em que há vários tipos de curandeiro? De que tipo de cultura está a falar visto que este conceito envolve uma diversidade de elementos característicos humanos (dança, canto, instrumentos musicais, gastronomia, teatro, cinema, literatura oral ou escrita, etc?
Revista Lua número 8 III de 20 de Janeiro de 2012
A escritora afirma ainda ‘‘Vou defender com unhas e dentes que existe um saber africano que não está em nenhuma universidade”. A nossa escritora conhece todas as universidades do mundo e a proveniência dos saberes que lá se encontram em qualidade e quantidade?
Não pretendo desacreditar a nossa escritora, apenas buscar esclarecimento para algumas imprecisões sobre as suas afirmações em relação a realidade moçambicana que apresenta. Reconheço que Chiziane apresenta um raciocínio muito original sobre a nossa realidade e que essas afirmações não foram de modo nenhum irracionais.